segunda-feira, 10 de maio de 2010

GRAV – Estudo do entretenimento

 Allan Marquez
Revisão: Victoria Varejão
          Ver filmes, assistir à televisão, apreciar festivais e poder opinar sobre tudo isso. O GRAV – Grupo de Estudos Audiovisuais – é o detentor de todas essas características. Com um misto de estudo e entretenimento, o grupo tenta trazer à tona a discussão do que é visto juntamente com críticas e ideias relacionadas ao que se passa na sociedade nos dias de hoje.
          O grupo, existente desde Outubro de 2003, nasceu graças à iniciativa dos alunos. “Surgiu de uma disciplina de crítica de cinema, uma optativa que eu dei. Os alunos gostaram e quiseram continuar”, disse o professor e coordenador do GRAV, Alexandre Curtiss, quando perguntado sobre a origem do programa. Depois de 3 anos de existência, este transformou-se em projeto de extensão e desde o ano passado também é conhecido como grupo de pesquisa, organizado por Erly Vieira Jr e Fábio Gouveia.
          Um dos objetivos do projeto é satisfazer a vontade que se tem de conhecer na prática a área de audiovisual. Considerado um difusor, o GRAV faz o intermédio entre as produções e o público durante as sessões, o que gera discussões com base nas produções feitas. E conforme se dava a evolução do aprendizado dos alunos, os objetivos se ampliavam. “As pessoas foram crescendo e ficaram com vontade de exibir para as outras, o que deu origem à ideia de fazer mostras. Depois veio o plano de escrever criticas, evoluindo até chegar à ideia de filmar, fazer pequenos trabalhos audiovisuais e apresentar em outros festivais”, contou Curtiss.
          As reuniões ocorriam na sala do GRAV, que se localizava dentro do Departamento de Comunicação Social, no CEMUNI V. Entretanto, o grupo está em transição para o CEMUNI I e, devido a isso, estão sem sala fixa. Apesar disso, os encontros continuam acontecendo todas as segundas-feiras, às 19 horas, no CEMUNI V.
          Em relação aos materiais utilizados, o grupo assiste a filmes, lê revistas e livros, e utiliza a internet para auxiliar na complementação de ideias. Os temas abordados giram em torno de cinema, televisão e mostras. “Falamos sobre os temas relativos aos filmes a que assistimos ou acerca do audiovisual. Tanto a parte de teoria, de estudos de um filme - roteiro, direção, traços autorais, iluminação, montagem, etc. - como discussões sobre o contexto proposto pela obra”, disse a estudante da UFES e aluna do GRAV há um ano.
          O projeto já realizou diversos feitos, tais como uma mostra sobre o cinema latino-americano, uma palestra sobre animações com um professor conceituado da UFMG, entre vários outros. A realização mais atual do grupo é a Mostra de Acidentes Televisivos, na qual a última obra apresentada foi a “A Pedra do Reino”. “Este trabalho consiste em pesquisas sobre algumas séries televisivas famosas que nunca passaram na televisão brasileira, ou, quando passavam, as pessoas já estavam dormindo, devido ao horário”, disse Alexandre Curtiss. O objetivo principal é o de mostrar como existe conteúdo bem mais interessante do que o exibido na grade normal da televisão.
          Outra concretização do GRAV é a revista “Sala 206”, caracterizada por um conjunto de reflexões sobre audiovisual e cultura. O primeiro volume já foi publicado, e a intenção do grupo é que se transforme em uma publicação semestral.
          O Grupo de Estudos Audiovisuais faz parte da Programadora Brasil, um programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura que visa à distribuição de filmes brasileiros para cineclubes inscritos, como o GRAV.
          Ao contrário do que possam pensar, não é necessário ter conhecimento prévio do assunto para participar dos encontros. “Eu entrei no GRAV sem saber um "a" sobre estudos audiovisuais, só gostava de filmes. Mas óbvio que, caso alguém tenha interesse em entrar para o grupo, não há problemas em procurar saber um pouco mais sobre teoria. Não que seja um pré-requisito, mas é um facilitador”, comenta Larissa Fafá.
          Michelle Terra, aluna do 1º período de Jornalismo na universidade, revelou ao Conexão UFES seu interesse em participar do grupo de extensão. “Fiquei sabendo do projeto por vários meios. Vi uns cartazes, o Erly comentou na aula, e o Protti – professor de Comunicação Visual - me indicou, devido ao meu interesse em cinema”, explica a estudante, que pretende conhecer gente nova e criar conceitos que antes não tinha. “Não sei bem. É algo que sempre me interessou. Talvez por poder contar histórias de uma maneira legal, viajar pelo mundo, sendo, eu, uma diretora”.
          Gostou do GRAV? Saiba que ele está sempre aberto a novos integrantes. “Se você gosta mesmo de filmes e desse universo, e, principalmente, tem interesse em conhecer mais e mais, o projeto vai te acrescentar muito! Além de toda a experiência de ter contato com esse mundo, ele vai acolher muito bem os novos integrantes”, aconselha Fafá.

Para entrar em contato com o GRAV:
Comunidade e perfil no Orkut;

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