Allan Cancian e Polânia Soares
Revisão Victória Varejão
A Universidade Federal do Espírito Santo é uma instituição acadêmica com forte poder de formação de profissionais de sucesso. Também é indiscutível que todos estes tiveram que tomar uma difícil decisão para que houvesse o reconhecimento: qual graduação escolher. A partir de histórias bem-sucedidas, é possível evidenciar a importância do papel de tal Universidade na vida dos que por ela passaram.
A publicitária Elisa Quadros, ex-aluna da UFES, hoje sócia da agência Fire, contou que começou a fazer planos ainda quando pequena. Foi no primário que começou a sonhar com a profissão à qual iria dedicar parte da vida. No entanto, foi aos 14 anos que não houve dúvidas sobre o que iria fazer profissionalmente. “Na 8ª série, já tinha certeza de que prestaria vestibular para Comunicação e, por falta de opção de outras boas faculdades e vergonha na cara de sobra para saber que só poderia passar numa federal, só me restou a UFES”. Ao ser admitida na faculdade com excelente pontuação, a mãe de Elisa propôs que ela fizesse Direito. Contudo, por amor à profissão que havia escolhido, a jovem decidiu continuar com a decisão tomada ainda no início de seus estudos.
Para a jornalista Tati Wuo, formada pela mesma instituição, pós-graduada em Linguagens Audiovisuais e Multimídia, e atual apresentadora do programa “Em Movimento” da Tv Gazeta, a vida de estudante foi muito prazerosa. “Acho que aproveitei bastante e aprendi algo essencial para o jornalista e para qualquer pessoa: correr atrás do que se quer”.
“Às vezes o principal vem de onde você menos espera”, assim Gabriel Menotti, jornalista, define o período em que passou na UFES. Ele ingressou na universidade aos 16 anos e atualmente faz doutorado em Mídia pelo Goldsmiths College (Universidade de Londres). Menotti atua como produtor e curador. Já organizou festivais de cinema remix, oficinas de roteiro pornô, entre outras. O profissional foi premiado no 6º Concurso Capixaba de Roteiros. Além disso, participou de exposições e conferências em diversos países como Brasil, Noruega, Canadá, Reino Unido, Croácia, Alemanha, França, Eslovênia, Suécia e Espanha.
Em relação aos professores que mais marcaram a vida acadêmica de nível superior de nossos entrevistados, nomes como Antônio David Protti, Cleber Carminatti e Ismael Thompson foram citados com muito carinho. Funcionárias do departamento como “tia” Hélia também foram lembradas. “Ela não é professora, mas também é inesquecível”, contou Menotti.
Após a conclusão do curso, uma das etapas mais impactantes na vida de qualquer formando é ter de se deparar com o mundo lá fora. Para Tati Wuo, o mais difícil foi entrar no mercado de trabalho, assim como é para a maioria dos estudantes. ”(O jornalismo) É um campo que está bem saturado - cada vez mais - e é preciso um diferencial para se destacar e conseguir espaço. Ainda estou procurando o meu”, disse ela.
Durante todo o período de faculdade, muitas ideias em relação à profissão podem sofrer alterações. “Recomendo a todo mundo experimentar tudo o que puder nos anos de graduação. Inevitavelmente isso vai direcionar sua vida”, aconselha Gabriel Menotti. “Ajudei a organizar eventos, participei do Centro Acadêmico (CA), comi no Restaurante Universitário (RU), fiz monitoria, matei aula e essas coisas todas”, completa o jornalista.
Outro fator muito relevante é a necessidade de se estudar no exterior. “As referências estão muito mais à mão por aqui, então você pode se concentrar menos em procurar um livro do que efetivamente lê-lo. Além disso, o simples deslocamento causa mudanças na sua perspectiva sobre as coisas e aguça a sua compreensão do mundo”, diz Gabriel.
Tati Wuo enfatiza que o mercado precisa de pessoas com um destaque favorável, a fim de favorecer a pessoa nesse ramo. “Entrem de cabeça e dediquem-se completamente. A razão deve estar na paixão pelo que se faz”, aconselha ela.
Já a publicitária Elisa Quadros é favorável à adaptação do profissional ao mercado de trabalho. “Não criem muitas expectativas. Entendam o que está mudando na forma de se comunicar. Questionem e aprendam rápido a trabalhar com as novas mídias. O mercado está esperando por vocês”, afirma ela, direcionando os estudantes. “Ah, sejam legais com seus professores e lembrem-se: façam network desde já”, complementa, em tom descontraído, a orientação.
(Elisa Quadros)
(Tati Wuo / Foto de Lucas Aboudib)
(Caricatura de Gabriel Menotti)
*Todas as Fotos observadas, foram enviadas pelos entrevistados